No último dia 24 de maio foi um marco histórico para área de tecnologia em educação. Pela primeira vez uma Superintendência da Polícia Federal (PF) adota uma plataforma para aprimorar o treinamento de seus profissionais de operação. O fato em si denota um importante passo para adoção de tecnologias de simulação para a melhoria do processo de qualificação e avaliação de profissionais da área de segurança tanto pública quanto privada.

Estiveram presentes nesta ação, o superintendente da PF de São Paulo, Dr. Lindinalvo Filho e o Coordenador do GAT (Grupo de Armamento e Tiro) Ernesto Kenji. As atividades foram conduzidas pelos ex professores da Academia Nacional de Polícia (ANP) Edmar Neves e Roberto Shiniti. Neves, salienta que as necessidades atuais da aplicação da tecnologia não podem se limitar somente a uma economia com disparos reais de arma de fogo, ou tão pouco, uma melhoria pontual da memória muscular. Faz se necessário que os novos simuladores de treinamento possam verificar se o profissional de segurança consegue ter um raciocínio assertivo mesmo sob pressão, além de promover uma forma de realizar uma avaliação continuada para que o mesmo possa manter suas atitudes coerentes no seu trabalho operacional. Além disso, estes sistemas devem promover necessariamente tanto o aprendizado quanto a proficiência em técnicas operacionais como OMD (Observar, Memorizar, Descrever) e IDA (Identificar, Decidir, Agir).

Maximiliano Marques, diretor da TIS ACADEMY, complementa a fala de Neves, comentando que neste sentido, estas ferramentas que se apoiam no uso de tecnologias como: Realidade Virtual imersiva (simuladores de abordagem) e não imersiva (simuladores de tiro), Internet das Coisas, Cloud Computing e Algoritmos Analíticos (machine learning) são importantes pois ajudam na análise do desempenho dos colaboradores e no aumento do nível de engajamento junto às atividades de treinamento. Contudo é fundamental, associar essas tecnologias, com metodologias ativas para ensino, como PBL (Problem based learning) e ensino híbrido (sala de aula invertida) direcionadas para andragogia (ensino de adultos) no momento da criação dos módulos de treinamento. Pois, somente a tecnologia por si só, não consegue atender adequadamente as necessidades de uma implementação do C.H.A (Conhecimento, Habilidade, Atitude).

Para o grupo, os próximos passos estão na análise dos indicadores de desempenho e na validação do processo de implantação e adoção da tecnologia junto a superintendência, com o objetivo de ampliar o número de agentes a serem treinados pela plataforma em todas as bases do estado de São Paulo.